Em pronunciamento no Plenário nesta quinta-feira (20), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) lembrou que há um ano, em 17 de abril de 2016, a Câmara dos Deputados dava início ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff ao autorizar a abertura do processo pelo Senado. Para a senadora, o “desvio de finalidade” do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de dar curso a uma ação política de “promover o golpe” contra Dilma, fica cada vez mais claro.
Vanessa lembrou que, em entrevista à Band no dia 15 de abril, o presidente Michel Temer disse que Cunha mudou de ideia sobre arquivar os pedidos de impeachment depois de saber que não teria os três votos do PT no Conselho de Ética da Câmara para impedir a abertura de processo contra ele. Para piorar a situação, segundo a senadora, Cunha, que está preso em Curitiba, disse em carta que submeteu a Temer, 48 horas antes, o parecer que deu início ao processo.
– A decisão política já estava tomada, mas o tempo é o senhor da razão. É o tempo da verdade. E o tempo tem mostrado, com muita lucidez, com muita transparência, para o Brasil e para o mundo inteiro, que o que aconteceu no dia 17, tendo início nesse dia, nada mais foi do que um golpe parlamentar efetivo – acrescentou.
Fonte: Senado Federal